Laos e Camboja, Igrejas de martírio e da ressurreição

As Igrejas do Camboja e Laos falam de martírio e de ressurreição. “Quando comecei as minhas atividades missionárias – disse Dom Olivier Schmitthaeusler, Vigário Apostólico de Phnom Penh e Presidente da Conferência Episcopal dos dois países – em minha diocese só havia um católico. Todos os padres, freiras e missionários foram mortos por Pol Pot ou foram forçados a fugir. A Igreja no Camboja já não existia”.

Hoje, a situação é bem diferente, os números são pequenos, mas a Igreja renasceu e continua crescendo, empenhada em atividades educacionais e de solidariedade com os mais pobres. Entre esses vivem os cristãos, que 80% estão abaixo da linha de pobreza. A frequência no domingo, entre os 23.000 católicos no país é muito alta e chega a 60%. Estes são de comunidades jovens, em um país com idade média relativamente baixa, formadas principalmente por pessoas que abraçaram o cristianismo recentemente. 

Entre eles muitas mulheres que encontraram na Igreja um lugar em que são reconhecidas e respeitadas em sua dignidade. A maioria dos cargos dentro das três dioceses são mantidos por leigos. A Igreja no Camboja está se preparando para abrir a sua primeira universidade católica e para comemorar um ano da família.

No Laos a Igreja vive em um ambiente significativamente marcado, em parte por causa do contexto político difícil, pelo materialismo. A presença de padres e bispos, todos laocianos, é pequena. Os poucos leigos podem testemunhar com grande dificuldade sua afiliação religiosa. No entanto, os 50.000 católicos do Laos, alguns dos quais pertencem à minoria Hmong, estão envolvidos em muitas atividades de caridade. O amor pelos pobres é o espaço de liberdade da Igreja no Laos, por exemplo, em algumas aldeias, ainda hoje existe um único posto de saúde. 

Em 11 de dezembro de 2016 aconteceu a beatificação de 17 mártires, laocianos e estrangeiros, vítimas da repressão antirreligiosa que ocorreram entre 1954 e 1970. Entre eles estavam 6 catequistas leigos do Laos.

As igrejas de Laos e Camboja, que formam uma única conferência episcopal, recentemente celebraram uma Jornada da Juventude local.