Associações e Movimentos
Na Igreja, para manter viva a missão universal
Encontro anual com os moderadores
Cento e cinquenta participantes e oitenta e cinco realidades eclesiais representadas estiveram reunidos no Encontro Anual com os moderadores das associações internacionais de fiéis, movimentos eclesiais e novas comunidades, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Esses números importantes demonstram um grande desejo de encontro e interesse pelo tema escolhido. O ano de 2023 marca os vinte e cinco anos do Congresso que marcou sobremaneira o diálogo dos movimentos, então cada vez mais emergentes, com a Santa Sé, e que culminou no memorável encontro de 30 de maio de 1998 na Praça de São Pedro, entre São João Paulo II e centenas de milhares de adeptos. O Dicastério quis celebrar o aniversário e, acima de tudo, retomar uma reflexão que surgiu nesse Congresso, começando com a contribuição do então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Joseph Ratzinger.
Evangelização, uma tarefa que requer um olhar sobre o mundo inteiro
Ao introduzir o tema “Em Missão com Pedro. A apostolicidade no coração da identidade dos movimentos eclesiais”, o Cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério, foi logo chamar a atenção para a apostolicidade, a missionariedade, como o lugar específico dos movimentos e das novas realidades eclesiais na Igreja: colaborar no ministério petrino e no seu desejo apostólico de levar o Evangelho a todos, enfrentando o desafio de uma evangelização que fale diretamente aos homens e mulheres contemporâneos, evitando práticas, métodos e linguagens que não são mais adequados a este tempo de mudanças profundas. Essa tarefa reflete a dimensão universal da missão da Igreja, ultrapassando as fronteiras locais para voltar-se para o mundo inteiro. Aqui está o cerne da reflexão do Cardeal Ratzinger sobre os movimentos e o pista a seguir para entender seu lugar na Igreja.
Descobrir a identidade própria para se inserir na Igreja com fecundidade
Em seguida, Dom Paolo Prosperi, professor de teologia dogmática, membro da Fraternidade Sacerdotal de São Carlos Borromeu aprofundou o caminho que a reflexão do magistério pontifício tem seguido desde 1998 até aos dias atuais, passando pela Iuvenescit Ecclesia, até de tocar nas preocupações pastorais do Papa Francisco. Num detalhado relatório, o Pe. Prosperi enfatizou a necessidade de a Igreja e os seus pastores aprofundarem o conhecimento da essência dos movimentos, ou seja, o propósito pelo qual existem, a fim de auxiliá-los a se inserirem na Igreja com a sua fecundidade. As preocupações do Papa Francisco, às quais o padre Prosperi se deteve, expressas em várias declarações do Santo Padre sobre os movimentos, estão "ordenadas para a defesa e promoção dessa [...] índole apostólica", explicou. Para evitar cair nas tentações apresentadas em seu relatório, e repetidamente referidas pelo Papa Francisco, concluiu o sacerdote, é necessário seguir o caminho da humildade em direção àquilo que foi dado como um dom, um caminho ilustrado na última parte da sua palestra.
A variedade e a riqueza dos dons recebidos
A tarde foi totalmente dedicada a uma troca de experiências e testemunhos partilhados pelos participantes. O desafio de "querer a vida apostólica" foi o título dado à sessão, escolhido para indicar aos movimentos a importância da vontade de manter viva a apostolicidade da Igreja: uma tarefa nem sempre fácil de cumprir diante do cansaço, da perda do ímpeto ou dos acomodamentos que nada têm a ver com a vida apostólica. Apesar de os testemunhos terem sido breves a partilha confirmou mais uma vez a extraordinária variedade e riqueza dos dons que encerram estas realidades. Desde as associações que se dedicam aos necessitados, como a Comunidade Papa João XXIII ou a Comunidade de Sant'Egidio, àquelas que reúnem profissionais católicos comprometidos em impregnar suas realidades específicas com a fé, como os juristas (UIJC), os intelectuais (ICMICA-PAX Romana) e os militares (AMI); dos organismos de coordenação de realidades que compartilham um método de evangelização, como as Células Paroquiais de Evangelização, os Cursillos de Cristiandad, até o Caminho Neocatecumenal e as várias comunidades carismáticas, apenas para citar alguns. Nas suas respostas às várias perguntas dos participantes ao longo do dia, o Prefeito do Dicastério exortou os líderes das diversas associações a se aproximarem dos bispos locais, a apresentarem os seus programas e estabelecerem um diálogo renovado, que deve ser estimulado por ambas as partes, para que a tarefa dos movimentos na Igreja seja cada vez mais compreendida e acolhida.
27 de Junho de 2023
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