Onu

Mulheres e direitos

Comissão sobre o status da mulher: foco na educação e no desenvolvimento integral na era da colonização ideológica
aborto africa.jpg

As mulheres, particularmente aquelas que vivem em áreas rurais do mundo, foram as protagonistas da recente conferência da Comissão das Nações Unidas sobre o status das mulheres em Nova York. O arcebispo Bernardito Auza, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, disse que é necessário fornecer às mulheres “condições necessárias para florescer e capitalizar seu potencial”, e isso do ponto de vista econômico “significa garantir direitos iguais no acesso à terra, água, sementes, contratos legais, mercados e finanças”, mas também o direito de ser nutrido e tratado de maneira apropriada, e a possibilidade de ter um ensino superior para explorar os talentos.

Abrindo o evento com o tema “Promover o desenvolvimento integral de mulheres e meninas na África na era da colonização ideológica”, o arcebispo enfatizou que o Papa Francisco tem repetidamente destacado o problema da “colonização ideológica”, isto é, a prática pela qual as nações, agências e fundações mais poderosas e ricas forçam os países colonizados por meios militares ou econômicos a aceitar como condição para a assistência ao desenvolvimento certas práticas relativas à sexualidade, à vida e à família. E isso aconteceu sobretudo na África.

O observador Auza disse que a ONU está debatendo muito sobre a importância de não deixar ninguém para trás e de bloquear a discriminação contra mulheres e pessoas com deficiências, mas grandes violações são toleradas, em particular abortos seletivos após testes genéticos pré-natais que relatam informações sobre o sexo e as doenças do feto.

O evento também contou com a participação de Akech Aimba, que lida com o aconselhamento pós-aborto no Quênia e falou sobre a “intimidação ideológica” pelas organizações ocidentais que criam “clínicas para abortos ilegais” em áreas rurais quenianas e formam os jovens médicos de Nairobi para praticar interrupções na gravidez “para conseguir dinheiro fácil”. Além disso, acrescentou Aimba, “para aumentar a clientela para os abortos, são promovidos comportamentos sexuais irresponsáveis” através da contracepção. Joy Brenda Mdivo, advogada de Nairobi, fez eco a ela, confirmando que a “colonização ideológica” na África também acontece na forma de uma “educação sexual” que encoraja os mais jovens à experimentação sexual.

 

Para informações e documentos: www.holyseemission.org

 

08 de Abril de 2018