Ir ao encontro das inquietações das famílias de hoje com espírito missionário

“Agradeço por todo o trabalho que vocês vêm realizando, com a ação evangelizadora da Igreja no Brasil, em comunhão com o Papa Leão XIV, para renovar nossa condição de Peregrinos da Esperança, a serviço das famílias e caminhando com elas neste tempo providencial que nos é oferecido pelo Ano Jubilar”. Com estas palavras de agradecimento, o Secretário do Dicastério, Dr. Gleison De Paula Souza, iniciou o seu discurso em vídeo durante o XV Simpósio Nacional das Famílias, em Aparecida, Brasil, no último dia 24 de maio.

Família peregrina da esperança: 5.000 pessoas reunidas em Aparecida

Convocadas pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cerca de 5.000 pessoas reuniram-se no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, nos dias 24 e 25 de maio, para o XV Simpósio e Peregrinação Nacional das Famílias, inspirados e guiados pelo tema “Família peregrina da esperança”.

Agentes da pastoral familiar, representantes e membros de diversos movimentos eclesiais que trabalham com as famílias, bem como famílias engajadas nas dioceses e paróquias, escutaram o Secretário De Paula Souza, que, pela primeira vez desde a eleição do Papa Leão XIV, dirigiu uma reflexão sobre os desafios e oportunidades a serem vividos na pastoral familiar neste tempo jubilar.

Trabalhar juntos na experiência do perdão nas famílias feridas e em crise

“A pastoral familiar no Brasil vive um tempo de extraordinário empenho missionário. Mas os desafios são imensos”, afirmou De Paula Souza. Como missionários comprometidos na pastoral familiar, o verdadeiro desafio é lembrar que “para anunciar Cristo é preciso primeiro encontrá-lo pessoalmente. Esta é a verdadeira conversão missionária de que nos falou o Papa Francisco na Evangelii gaudium”, acrescentou o Secretário. A partir desta conversão, acolhe-se com coragem e renovada esperança a missão de ajudar e apoiar as famílias em crise, as famílias que sofrem pelos mais diversos motivos: “As crises fazem parte da história e do caminho das famílias”, continuou De Paula Souza, “e, nesse sentido, é necessário um trabalho pastoral decidido sobre a experiência do perdão, que pode curar as relações feridas entre seus membros, como nos lembra o Papa Francisco”.

Por fim, dirigiu um encorajamento final aos participantes, para que todos nós possamos “aprender com a missão de Pedro e, guardando a fé cristã, lançar nosso olhar para longe, para todas as famílias que Deus nos confia em nossa vida e em nossa ação pastoral, e ir ao encontro das inquietações das famílias de hoje. Este será o delicado serviço que poderemos oferecer às famílias: ‘sem nos fecharmos em nosso pequeno grupo, nem nos sentirmos superiores ao mundo; somos chamados a oferecer a todos o amor de Deus’ — o amor que Cristo nos dá no Evangelho da família.”.