Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

Jovens e idosos: uma relação a cultivar e fazer frutificar

As palavras do Papa no Canadá para recordar o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
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Durante a sua viagem ao Canadá, o Papa Francisco tem dedicado algumas das suas reflexões aos avós e aos idosos. A atenção deve-se ao fato que esta semana ocorreu o II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, com celebrações e iniciativas nas dioceses do mundo inteiro.

Depois de o recordar no voo papal, no domingo 24 de julho, também na terça-feira, 26 de julho, memória de São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus, Francisco dedicou um pensamento às avós indígenas do Canadá – as kokum – que educam, amam e transmitem a fé aos jovens do país. “Os vossos corações são fontes donde jorra a água viva da fé, com a qual saciastes a sede de filhos e netos”, declarou o Pontífice às margens do Lac Ste. Anne  

“Não nos deixeis sozinhos!” É o grito de tantos idosos que “correm o risco de morrer sozinhos em casa ou abandonados numa instituição, ou dos doentes incômodos que, em lugar do afeto, lhes é subministrada a morte” continuou no seu discurso o Papa; é também “o grito sufocado de adolescentes, moços e moças, mais criticados do que escutados, que delegam a sua liberdade a um telemóvel, enquanto nas mesmas ruas outros dos seus coetâneos vagueiam errantes, anestesiados por qualquer diversão, à mercê de dependências que os tornam tristes e ansiosos, incapazes de acreditar em si mesmos, de amar aquilo que são e a beleza da vida que têm”.

A relação com as raízes e com os jovens, relação a cultivar e fazer frutificar, vem enriquecendo com novas facetas o magistério pontifício sobre os idosos, já tão rico, se pensarmos que lhes foi dedicada a intenção de oração do mês de julho, a mensagem para o Dia Mundial que acabou de acontecer, e ainda o ciclo de catequeses dedicadas ao tema da velhice.

Com relação do magistério pontifício sobre o tema dos idosos, Vittorio Scelzo, responsável pela pastoral dos idosos do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, comentou em entrevista à versão italiana de Vatican News: “O Papa propõe algo diferente, algo terno, gentil, que ajuda a generatividade – palavra que o Papa usa muito – um amor que ajuda a fazer nascer algo novo. Nisto reside um valor social e eclesial: os idosos, para Francisco, são pessoas que, com a sua ternura, com a sua fraqueza, com a sua fragilidade, ajudam os outros a crescer. Este magistério e essas palavras de Francisco são novas e adquirem uma relevância particular ditas onde foram ditas, no Canadá, e num contexto penitencial”.

28 de Julho de 2022